13 de ago. de 2007

astronete bar

Como sempre, a falta de opção faz você fazer coisas de que quase sempre se arrepende. Sexta-feira não foi diferente. Fui no Astronete... o inferno na Terra.
A coisa começou na porta. O host tinha um ar blasé de meia tigela e tratava os clientes com um desdém indescritível.
Quando entrei, o lugar estava lotado. A única ventilação é feita por alguns ventiladores pingados, que nem de longe dariam conta do recado. O bafo quente é percebido logo de cara.


fica difícil até andar

O som é horrível... músicas batidas e velhas deram a deixa para a banda que ia se apresentar naquela noite, o Pullovers. Showzinho sem graça, nem vou me aprofundar no assunto.


show do Pullovers

A decoração, formada em sua maioria por posteres de cinema e objetos antigos, nem seria tão ruim, não fossem alguns elementos nada a ver.

astrodecoração


astrodecoração II

O bar é meio carinho para o que entrega. Você consegue tomar Guinness, mas nem me arrisquei, já que uma mísera long neck nacional custa R$ 5,00. A única coisa que tem um custo-benefício satisfatório é o drink que leva o nome da casa. Ele é feito com vodka e frutas vermelhas, e você paga a bagatela de R$ 10,00 por ele. Outra coisa cara é a entrada, R$ 12,00. O que esses caras pensam que são?


o bar



Não consegui ficar mais do que uma hora lá. Ô lugarzinho xexelento.

Serviço:
Astronete Bar
Rua Matias Aires, 183 - Consolação
Tel - 3151-4568

11 de ago. de 2007

haru

Mais ou menos há uma semana atrás a equipe mal comida pretendia se reunir em um restaurante japonês para fazer sua primeira reunião de pauta depois da criação do blog. Como queríamos nos empanturrar de sushis, sashimis e temakis sem nos preocupar com o dia de amanhã, escolhemos um restaurante que julgávamos ser de confiança, o Haru. Como o trabalho definitivamente não dignifica o Homem, não queríamos nos dar ao trabalho de criticar ninguém.

Mas não foi exatamente isso que aconteceu...



O ritual começou bem, com a simpática garçonete nos auxiliando no cansativo processo de escolha de mesa. Temaki daqui, cervejinha dali e yaksoba acolá, o primeiro pedido estava feito, e o susto veio junto. Muita comida e nada de Cerpa, uma das cervejas premium servidas no restaurante.

Lá pelas tantas a garçonete, ex-simpática, nos avisa que esqueceu da cerveja e já está trazendo. Já havíamos tido boas experiências nesse restaurante e a fé persistiu, mas acho que os mal comidos não estavam em dia com o dízimo.

Finalmente chega o combo de delicinhas japonesas e o banquete começa! Na primeira imersão do sushi no molho shoyo a segunda surpresa desagradável: o arroz estava literalmente despencado. Cada grão que se perdia no potinho de shoyo antes de chegar a nossas bocas era como uma lágrima de decepção com uma pessoa querida que está nos traindo. Assim nos sentimos.

Em um determinado momento havia mais arroz do que shoyo no potinho, e logo lembrei daquelas valas cheias de corpos em fotos dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Então pedi para que uma garçonete que estava passando trocasse a vala.

Depois de perguntar pelo menos três vezes o que eu queria, ela pede um instante e se retira. Depois de alguns minutos volta a ex-simpática e pergunta o que eu quero. Solicito novamente que o potinho de shoyo seja trocado e ela reage com uma expressão de "ah, era só isso?".

Então logo chega meu potinho e a explicação: a pessoa para quem eu pedi era novata e não tinha entendido o requerimento. PUTA QUE O PARIU!!! Eu só pedi para trocar um potinho sujo por um novo, mais nada, e a inútil não conseguiu executar um simples comando! Imagino só o que aconteceria se tivéssemos feito um pedido mais complexo.

Foi nessa hora que lembrei estar em um restaurante japonês, representante gastronômico de uma cultura na qual as pessoas costumavam se auto punir diante de falhas como essas. Fiquei imaginei a imbecil da novata pegando uma espada samurai e cometendo um suicídio com honra. Infelizmente honra não é mais um valor nos dias de hoje.


Para finalizar, olho para o balcão onde as ex-delicinhas eram preparadas e vejo escrito em letras garrafais a palavra SUSHI. Imaginem uma churrascaria onde em cima da grelha esteja escrito PICANHA, ou então um restaurante espanhol onde em algum lugar esteja escrito PAELLA.



Ridículo não? O mau gosto em pessoa. E para comprovar a impressão vou ao banheiro e encontro um monte de papéis colados na parede com piadas (algumas bem francas) para que o cliente, depois de tirar a água do joelho, pegue as que achar mais engraçadas e leve para a mesa compartilhar com os amigos. A idéia até pode ser interessante para outro tipo de estabelecimento, mas não para o pobre Haru, que do dia para a noite caiu consideravelmente no conceito da equipe mal comida.





Haru, vai tomar no... !


Serviço:
Haru
Rua Manoel Guedes,,233 - Itaim Bibi
Tel: (11) 3078-2891

8 de ago. de 2007

dj club

Um segredinho para vocês: a noite paulistana anda um lixo. Sobram gente tosca, música ruim e preços exorbitantes. No caso da sexta-feira, a coisa fica ainda mais gritante. O Conde, incorrigível boêmio que é, sempre adorou uma boa noitada, mas tem preferido ficar em seu condado, depenando seus súditos no Ludo Real, a se arriscar em meio à vasta estupidez humana que toma as ruas em uma noite outrora tão nobre.

Em uma pontada de nostalgia, o Conde decidiu ver no que o DJ Club tinha virado: não fossem os constantes spams, acharia que o local fora demolido ou transformado em uma clínica da Luiza Sato.

Ao chegar, o primeiro susto: o lugar estava abarrotado. Será que tinham dado um jeito nas instalações? Claro que não, tudo mantinha-se tosco, como nos tempos áureos. Os banheiros continuavam uma piada: um borracheiro da Transamazônica está mais bem-servido no tocante sanitário. Para os donos do local, pia e vasos são opcionais de um banheiro, um luxo desnecessário como o teto solar de um carro. Coitado do sujeito que tiver com o toboco na portinha. E não é dinheiro que falta aos sujeitos, mas vergonha: um casa tão cheia, a 15 reais de entrada e preços das bebidas dignos de uma bar em Mônaco, deve operar com um lucro respeitável (na escala da plebe, claro). Por compartilharem o bairro com o Emiliano, acham que devem cobrar o mesmo por uma cerveja (R$5,00)? Um disparate! Logo, é óbvio que sobram emos desdentados à porta, enchendo a lata antes de entrar no local - e não seria surpresa se tivesse algum de cócoras em um arbusto, garantindo-se para a noite.

Por falar em público, o Conde fracassou em enquadrá-lo em um estilo claro: havia emos, tiozinhos, indies e surfistas. Uma diversidade bonita de se ver, diferente dos seus rostos, judiados como uma abobrinha da qual se fez purê... Que turminha esteticamente desafiada - a única pegação lá dentro seria de hepatite ou malária. Era melhor ficar sacando a Mulher Gata, no longa-metragem do Batman sessentista, projetado em um telão acima da escada da pista. As mulheres daquela época sempre pareceram-me mais bonitas do que as de hoje.

O som não comprometia. Os DJs não corriam riscos, preferindo bandas queridinhas, mas também não acomodavam-se naquele som desmiolado que parece tocar em cada espelunca dessa cidade. Vocês sabem do que o Conde fala: os melôs de motoqueiro, que incluem Kiss, Twisted Sister, AC/DC, gritando iêiêiês e repetindo a frase do refrão como se fossem papagaios esclerosados.

O veredito: banheiro de borracheiro da Transamazônica, pegação de malária e preços de uma loja de conveniência nos Hamptons. O Conde da Catalonha acha melhor ficar em seu condado do que se submeter a essa masmorra chamada DJ Club.

Serviço:
DJ Club
Alameda Franca, 241 - Jardins
(11)3541-1955

31 de jul. de 2007

choperia liberdade

chopinho japonês

A primeira vez que fui a Choperia Liberdade, no ano passado, achei o lugar péeeessimo. Na semana passada resolvi dar uma nova chance e fui até lá para ver se continuava igual, e continua.
O serviço é horrível. É praticamente impossível conseguir pedir alguma coisa. Talvez seja porque é cheio demais, abarrotado mesmo. Tudo é um sacrifício, fazer um pedido, ir ao banheiro, cantar no karaoke, jogar sinuca, conseguir uma mesa, enfim. Tanto da outra vez quanto desta, comi a Lula à Milanesa. Estava bem gostosa. Meus amigos que gostam mais de peixe cru, atacaram um combinado, que estava bem melhor desta vez.

lula à milanesa

Os preços são basicamente os mesmos de outros lugares que servem comida japonesa, mas os temakis, por exemplo, são bem mais caros. A Choperia Liberdade não cobra entrada, e funciona até o último cliente, já nas primeiras horas do dia. Não é difícil ver pessoas dormindo pelos bancos, ou casais mais empolgados dando uns amassos.


combinado

O ponto alto é a decoração sensacional. O brega reina por todos os lados, com aquários nas paredes e quadros de paisagens em que a água se movimenta.


a "arte" da decoração


Serviço:
Choperia Liberdade
Rua da Glória, 523 - Liberdade

30 de jul. de 2007

bar leblon

melhor do que o carioca

Há muito tempo queria achar um lugar que desse para tomar drinks e comer bem, por um preço acessível. Apesar de parecer simples, é muito mais difícil encontrar um lugar destes do que se imagina.
Há alguns meses conheci o Bar Leblon. O espaço é bem "clean", apesar das paredes serem preenchidas com lambe-lambes com frases de músicas e poemas em que aparecem a palavra Leblon, além de alguns quadros e uma plotagem gigante com a foto do Pão de Acúcar.
O público moderninho entre 25 e 35 anos se joga nos drinks, que custam na média R$ 9,00, e nas comidinhas deliciosas que saem da cozinha.
Uma dica para quem quiser comer bem é o escondidinho de camarão com mandioquinha, que serve até 2 pessoas se for servir como um petisco.


escondidinho de camarão


Uma porção individual boa é o sanduíche de lagarto com queijo ementhal, ou ainda, para esquentar o caldinho de feijão.


caldinho de feijão


O serviço é rápido e atencioso, mas deve-se prestar atenção na hora de pagar a conta, já que o lugar não oferece comanda individual. A conta é aberta para a mesa inteira.

Serviço:
Bar Leblon
Rua Bela Cintra, 483 - Consolação
Tel - 3237-0151

19 de jul. de 2007

sushi company

petit gatinho

O Sushi Company já foi um dos melhores lugares para se comer uma boa comida japonesa. Além de ser pertinho de casa, tem uma área aberta, onde dava até para levar nossos queridos totós para nos acompanhar nas refeições. O preço era honesto e a comida gostosa e bem feita.

Do ano passado para cá, o lugar foi ladeira abaixo. Um belo dia fizeram cara feia para os cachorros, os preços subiram absurdamente e a qualidade da comida caiu imensamente. Sempre falava que não voltaria mais lá, mas sempre acabava voltando por algum motivo desconhecido. Talvez pela sobremesa inclusa no rodízio.

O Petit Gateau valia muito a pena, uma delícia, mas nem isso salvou na minha última "visita". O arroz dos sushis estava cru e duro, o niguiri de polvo estava congelado e o Petit Gateau meio desmilinguido. Acho que desta vez não tem mais volta. Não piso mais lá.

Serviço:
Sushi Company
R. Dr. Renato Paes de Barros, 769, Itaim Bibi - São Paulo
Rodízio 36,90